Mexilhão dourado ameaça a perda de eficiência de usinas hidrelétricas e o aumento do custo com manutenção
O mexilhão dourado é um molusco que está começando a preocupar os empreendedores responsáveis por usinas hidrelétricas. Segundo os pesquisadores da Cemig e do Centro de Bioengenharia de Espécies Invasoras (CBEI), eles encontraram a espécie no reservatório da UHE Sobradinho e perceberam o avanço dos mexilhões rumo ao canal das obras de transposição do rio São Francisco. Isso é resultado da ação do homem, uma vez que o molusco segue o curso da água onde está e hoje ele está sendo deslocado nos cascos de embarcações ou por meio da piscicultura.
As empresas do setor de energia sabem como impedir que eles se tornem um problema. De todo modo, isso ainda representa um aumento nos custos de manutenção e pode impactar na eficiência das usinas, uma vez que o mexilhão dourado tem como característica principal se acoplar em estruturas firmes e se reproduz de forma acelerada nesses locais, formando rapidamente grandes colônias.
A espécie afeta três áreas: o trocador de calor, a tomada de água e a saída da turbina. No caso do trocador de calor, há a necessidade de limpeza mais constante; na tomada de água eles podem se fixar na grade dessa entrada e prejudicar o fluxo que gira o equipamento; já na saída requer a paralisação da operação e a drenagem da turbina para a retirada manual da colônia ali instalada.
Para prevenir, inicialmente é indicado usar tintas especiais para proteger estruturas onde há o potencial para a espécie montar uma colônia. No momento estão sendo estudadas formas de desacelerar o avanço pelo país.
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